produção de mudas

DA COLETA DE FRUTOS SELECIONADOS ATÉ O VIVEIRO DE MUDAS

Extração de sementes (APAC):

Após a coleta do coco macaúba, os frutos são enviados para a APAC de Patos de Minas, instituição parceira da INOCAS onde pessoas presas do sistema de justiça cumprem suas penas de forma digna e com vistas à ressocialização, sendo o trabalho um dos pilares do método. Os recuperandos, como são chamados os presos da APAC, são contratados para realizar a primeira etapa da produção de mudas, a extração das sementes. Esta atividade é realizada de forma manual através de um processo minucioso, o que mantém a integridade da amêndoa. O controle de qualidade estabelecido nesta etapa, onde as sementes visualmente inviáveis são descartadas, está diretamente ligado ao sucesso da taxa de germinação no laboratório da INOCAS, para onde, posteriormente, elas são enviadas. Os recuperandos recebem uma remuneração mensal pelo trabalho, conforme previsto na Lei de Execução Penal e a cada 3 dias trabalhados tem 1 dia de pena reduzido.

    Germinação das sementes:

    As sementes extraídas dos frutos chegam da APAC ao laboratório da INOCAS onde são higienizadas, selecionadas e tratadas para evitar a incidência de patógenos. Na natureza a taxa de germinação da macaúba é lenta e possui baixa eficiência, atingindo valores em torno de 5%. No entanto, a partir do protocolo de germinação que utilizamos, patenteado pela Universidade Federal de Viçosa e licenciado pela INOCAS, conseguimos acelerar o desenvolvimento do embrião e atingir taxas próximas a 70%. O processo de escarificação das sementes consiste na retirada do opérculo, estrutura que recobre o embrião e atua como uma barreira física, o que garante a dormência da semente. Com a retirada do opérculo e queda nos níveis do hormônio inibidor, conseguimos produzir mudas em escala comercial de forma muito mais rápida.

      Viveiro de mudas:

      Após o processo de germinação, as sementes se desenvolvem em nosso laboratório por aproximadamente 40 dias em temperatura controlada e seguem para fase de estufa, onde são plantadas em tubetes biodegradáveis. Além de nossa estrutura, contamos com viveiros parceiros em São Paulo, Minas Gerais e Pará. As plântulas permanecem em condições de estufa durante três meses, e em seguida são transplantadas para sacolas a pleno sol. Nesta etapa a fertirrigação é intensificada e as mudas permanecem de 7 a 10 meses em viveiro até atingirem o tamanho ideal para plantio em campo.